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Principais condições tratadas
Epifisiólise do Fêmur Proximal
A Epifisiólise do Fêmur Proximal (EFP) é uma condição que afeta o quadril, principalmente em adolescentes e pré-adolescentes que ainda estão em fase de crescimento. Caracterizada pelo “escorregamento” da cabeça do fêmur com relação ao colo femoral, a EFP provoca dor e limitação do movimento no quadril afetado. Embora essa condição possa se desenvolver de forma súbita após um trauma menor, como uma queda, ela normalmente ocorre de maneira gradual ao longo de semanas ou meses. O diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para evitar complicações graves, como a artrose na articulação do quadril.
Nesse caso, a cabeça do fêmur (epífise) escorrega para trás em relação ao colo do fêmur, ocorrendo na placa de crescimento – a área mais frágil e vulnerável do osso durante o período de crescimento. Essa condição geralmente afeta meninos com idade entre 12 e 16 anos e meninas entre 10 e 14 anos, e tende a surgir durante surtos de crescimento rápido na puberdade.
Embora não se saiba exatamente o que causa o escorregamento, existem fatores de risco que aumentam a probabilidade de desenvolvimento da EFP, como o excesso de peso ou obesidade, histórico familiar da condição e distúrbios endócrinos ou metabólicos, como o hipotireoidismo.

Tipos de Epifisiólise do Fêmur Proximal
A EFP pode ser dividida em dois tipos principais, com base na capacidade da pessoa afetada de suportar peso no quadril afetado:
EFP estável:
O paciente ainda consegue andar ou suportar peso no quadril, mesmo que com ajuda de muletas. Esse tipo é menos grave e a maioria dos casos de EFP é classificado como estável.
EFP instável:
Nesse tipo, o paciente não consegue suportar peso nem andar, nem mesmo com muletas. A EFP instável é mais grave e requer tratamento urgente, pois as complicações são mais frequentes, como a interrupção do fluxo sanguíneo para a articulação do quadril, o que pode causar necrose avascular.
Tipos de Epifisiólise do Fêmur Proximal
O diagnóstico precoce da Epifisiólise do Fêmur Proximal é essencial para evitar complicações graves. A condição geralmente é identificada através de radiografias, que mostram o escorregamento da epífise em relação ao colo do fêmur. Em alguns casos, exames adicionais, como a ressonância magnética, podem ser necessários para avaliar mais detalhadamente a articulação.
O tratamento da EFP é cirúrgico e tem como objetivo evitar que a cabeça do fêmur escorregue ainda mais. O procedimento cirúrgico mais comum envolve o uso de parafusos para fixar a epífise no lugar, evitando novos deslocamentos. Em casos mais graves, como na EFP instável, pode ser necessário um tratamento mais complexo para reposicionar a articulação e preservar sua função a longo prazo.
Após a cirurgia, o paciente precisará de um período de recuperação, que inclui fisioterapia para restaurar a força e a mobilidade do quadril. Dependendo da gravidade da condição e da idade do paciente, o médico pode recomendar o monitoramento do quadril oposto, uma vez que até 40% dos pacientes com EFP podem desenvolver a condição no outro lado.
Sem o tratamento adequado, a Epifisiólise do Fêmur Proximal pode levar a complicações graves, incluindo a artrose precoce do quadril e a necrose avascular, que ocorre quando o fluxo sanguíneo para a cabeça do fêmur é interrompido, resultando na morte do tecido ósseo. Essas complicações podem causar dor crônica e limitar severamente a mobilidade da pessoa afetada.
Com o diagnóstico e o tratamento precoces, o prognóstico é geralmente bom. A maioria dos pacientes consegue recuperar a mobilidade completa e levar uma vida ativa após o período de recuperação. No entanto, é importante o acompanhamento regular com o ortopedista para garantir que o quadril continue saudável e que não haja complicações a longo prazo.
Importante:
A Epifisiólise do Fêmur Proximal é uma condição séria, mas tratável, que afeta adolescentes em fase de crescimento. O diagnóstico precoce e o tratamento cirúrgico adequado são fundamentais para prevenir complicações e garantir uma boa recuperação. Se seu filho ou filha estiver sentindo dor no quadril ou no joelho (dor irradiada), apresentando claudicação ou dificuldade para andar, agende uma consulta para avaliação.